Novamente a empresa concessionaria de ônibus, a Stadtbus volta ao noticiário em
Botucatu, em menos de 15 dias. Desta vez ela não perdeu a roda, mas perdeu o freio e literalmente
invadiu o prédio do INSS, na Rua Curuzu.
Ônibus perdeu o freio e invadiu prédio do INSS/Foto TV Alpha |
Foi o segundo caso em duas semanas envolvendo a mesma empresa e todos os problemas são nas malditas rodas dos seus ônibus! Na véspera do dia das Crianças uma ônibus da Stadtbus perdeu a roda na Vila dos Lavradores.
Segundo depoimento de pessoas que (infelizmente) não
autorizaram a divulgação de seus nomes, antes do veiculo atravessar a rua (descia a rua Campos Salles - acesso de Rubião Junior) e
bater nas escadarias do INSS (na rua João Passos) o motorista teria agido preventivamente e
solicitado a alguns passageiros que descessem do veiculo.
A frota da Stadtbus é a mais nova na cidade, pois a empresa
no próximo dia 11 de novembro estará completando seis anos de operação e para
que assumisse a concessão adquiriu ônibus novos. A maioria da frota é
Volks/Man, Mercedes e Agrale, com carrocerias Caio Induscar e Mascarello.
Funcionários da empresa alegam existência de assedio moral
para não confirmarem falta de manutenção nos veículos. A empresa nega tal comportamento.
EMPRESAS PRESSIONAM POR REEQUILÍBRIO FINANCEIRO
Como pano de fundo nesses acidentes, que só não vitimaram
passageiros por absoluta obra do destino, existe a pressão que as duas empresas
(Statbus e São Dimas) fazem reivindicando o chamado "reequilíbrio financeiro".
A prefeitura está fazendo uma auditoria nos serviços e na
planilha de custos para entender o motivo desse pedido, que elevaria o valor das tarifas no Municipio alem do que vem sendo aplicado atualmente que é a reposição da inflação dos insumos e salarios dos funcionários e uma determinada margem de lucro.
Essa é a mesma tática usada pela antiga operadora da
concessão em Botucatu - EAOB/Santana - que no início do governo João Cury - Caldas (PSDB-PCdoB) acionou judicialmente a prefeitura reivindicando o tal reequilíbrio financeiro,
alegando prejuízo na operação na cidade.
Até o momento a Prefeitura e a Secretaria de Mobilidade
Urbana (Semutran) não se manifestaram sobre o pedido.
O Conselho de Usuários do Transporte Coletivo de Botucatu
confirmou que na ultima semana o principal assunto dos conselheiros foi o
pedido de revisão dos valores do contrato, sob alegação de que a inflação e os
custos operacionais não estão sendo lucrativos com os valores cobrados atualmente nas
passagens.
Apesar de ser uma concessão publica nenhum cidadão, usuário,
entidade ou órgão de fiscalização acionou o Ministério Publico para proteger os
passageiros, que ora ou outra, poderão ser as maiores vítimas.
Os usuários muitas vezes apontam os motoristas como os
principais responsáveis pelos incidentes.
Em conversas, sob condição de
anonimato, os motoristas afirmam que também são vitimas e muitos estão pedindo
demissão das empresas alegando temor de virem a ser responsabilizados diretamente
pelos acidentes.
Os motoristas também dizem que a Semutran é previsível nas
fiscalizações. Alegam que todas as vezes que a equipe de fiscalização vai até
as garagens das empresas, os motoristas e a gerencia estão sabendo com até dois
dias de antecedência. A prefeitura nega que dê publicidade antes das fiscalizações.
De uma forma ou outra não é mais possível acompanhar com
passividade esse problema.
Ou os vereadores assumem o cargo neste final de mandato, ou
se tem algum compromisso com os donos da empresa, que ao menos peçam ao
Ministério Publico Estadual uma ação imediata, caso não queiram ser co-acusados de
morte ou ferimentos de passageiros ou pedestres, que muitas vezes poderá passar de 50
pessoas em um eventual acidente.
No sul do Brasil (de onde vem a Stadtbus) tivemos a boate Kiss e em Botucatu poderemos ter quase
a mesma coisa, mas dentro de um ônibus. Imagine nossos bombeiros e policiais
militares retirando corpos de dentro de um ônibus... (que isso não aconteça
nunca em nossa cidade).
Mas para isso é necessário que as pessoas, sejam
passageiros, usuários e testemunhas, abandonem o anonimato e denunciem as
irregularidades....
Haroldo Amaral.
(clique na imagem acima para ver a imagem maior)
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